Debate na Globo com presidenciáveis: veja os principais pontos

O debate com os presidenciáveis na TV Globo, nesta quinta-feira, marca o último encontro ao vivo entre os candidatos à Presidência da República, a partir das 22h30 (no horário de Brasília). O debate presidencial vai ao ar logo após a novela “Pantanal” e podem ser assistidos ao vivo na TV Globo, no G1 e no Globoplay.

Participam do debate candidatos Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Luiz Felipe D’Ávila (NOVO), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil) e Padre Kelmon (PTB). Seguindo a lei eleitoral, foram convidados os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, cinco parlamentares e sem impedimento na Justiça, seja eleitoral ou comum.

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Primeiro bloco acalorado

Ciro Gomes abre o debate perguntando para Lula e atacando antigos governos do PT. O pededista, reforça a estratégia adotada na reta final da campanha de reiterados ataques ao petista:

— Como é que o senhor explica que, depois de 14 anos de governos do PT, os cinco empresários mais ricos acumulassem como acumulam o que possuem os 100 milhões de brasileiros mais pobres. O desemprego chegou perto de 12% ao fim desses 14 anos, explodiu o endividamento das famílias. É isso que o senhor pretende repetir?

Ao responder Ciro, Lula disse que achava que o pedetista estava “nervoso” e atacou o governo Temer.

— Você se esquece que o atual presidente herdou o governo não da Dilma, mas de um golpista, que foi um dos responsáveis pela quebra desse país.

Na sequência, o candidato estreante ao debate, Padre Kelmon, passa a bola a Bolsonaro. Na segunda pergunta, Kelmon repete a dobradinha do último debate e inicia dizendo que Bolsonaro comprou “500 milhões de doses de vacina, e deu R$ 600 de auxílio”, e só Então pergunta:

— O senhor pretende manter essa política? — pergunta.

Bolsonaro responde que “vou manter sim, com responsabilidade fiscal”.

Em seguida, o presidente ataca a grande mídia, dizendo que “está em jogo o futuro do nosso país”, e ataca Lula.

— Não podemos voltar à cleptocracia que saqueava o Brasil. Não podemos continuar no país da roubalheira.

Troca de acusações entre Bolsonaro e Lula e direitos de resposta

Por meio de uma disputa de direitos de resposta. O petista teve um pedido concedido após Bolsonaro citar acusações de corrupção contra o ex-presidente. Por sua vez, o candidato do PL, teve mais tempo de fala para rebater declarações sobre a suposta compra superfaturada de vacinas em seu governo revelada pela CPI da Covid no Senado.

Lula defendeu que Bolsonaro tivesse “o mínimo de honestidade e o mínimo de seriedade”. Em meio a discussão, o candidato questionou uma fala de Bolsonaro sobre a formação de quadrlha em sua gestão:

— Num debate entre pessoas que querem ser presidente, que o atual presidente tivesse mínimo de honestidade e seriedade. Ele falar que eu montei uma quadrilha, com a quadrilha da rachadinha da família dele, que decretou sigilo de 100 anos? com quadrilha do ouro no Ministério da Educação? O que foi oferecido de 1 dólar por cada vacina importada? Se quer pedir direito de resposta, peça à CPI (da Pandemia). Quando vier ao microfone, você se comporte como um presidente e respeite quem está assistindo. Não minta — disparou.

Na sequencia, Bolsonaro elevou o tom dos ataques e chamou Lula de “ex-presidiário” e “mentiroso”:

— Mentiroso. Ex-presidiário. Traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinhas são seus filhos, roubando milhões de empresas após sua chegada ao poder? Que CPI é essa, da farsa, que você veio defender aqui.

Ataques, dobradinhas e mais direitos de resposta

Felipe D’Ávila (Novo), em dobradinha com Ciro Gomes (PDT), criticou os escândalos de corrupção do mensalão e pediu que o eleitor “vacine o Congresso Nacional” contra os “mensaleiros que assaltaram esse país”.

— O mensalão é compra de voto e apoio no parlamento brasileiro. Como é que essa pessoa tem capacidade moral para tirar o Brasil desse buraco? — questiona o candidato do Novo.

Entre réplicas, trépicas e troca de farpas, Bolsonaro pediu direito de resposta ao direito de resposta de Lula, e começa em tom muito agressivo a listar adjetivos:

— Mentiroso, ex-presidiário, traidor da pátria. Que rachadinha é os teus filhos, roubando milhões de empresas após a tua chegada ao poder— diz o presidente. — O seu governo fez muitos nordestinos morrerem de falta de ar. Deixe de mentir, tome vergonha na cara, Lula— cravou.

Lula, por sua vez, pediu direito de resposta, que é concedido. O petista começou falando que Bolsonaro tem “a maior desfaçatez”, e em seguida busca abaixar a temperatura, repetindo sua promessa de retirar sigilo de decretos.

— É por isso que no dia 2 de outubro o povo vai te mandar para a casa. E vou fazer um decreto acabando com o seu sigilo de 100 anos. E vou parar por aqui, porque quero que os outros candidatos participem. Bonner pede que os candidatos mantenham o nível de tranquilidade adequado.

Lula volta a chamar Michel Temer de ‘golpista’

O candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a chamar o ex-presidente Michel Temer de golpista em debate da TV Globo. Durante a campanha, Lula já havia dito o mesmo em ato em Florianópolis (SC). Desta vez, ao responder a questionamentos do adversário Ciro Gomes (PDT), culpou o governo do emedebista e o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (RJ) de quebrarem o país.

— Quando você cita o governo do PT você se esquece que o atual presidente (Jair Bolsonaro) herdou o governo não da Dilma. Ele herdou o governo de um golpista (Michel Temer), que ficou três anos no governo antes dele (Bolsonaro) entrar. Quem foi um dos responsáveis pela quebra desse país foi o Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados — disse Lula.

Bolsonaro e Lula trocam acusações

O petista teve pedidos de direito de resposta concedidos após Bolsonaro citar acusações de corrupção contra o ex-presidente, chamado de “chefe da roubalheira” e “ex-presidiário”. O candidato do PL, por sua vez, teve mais tempo de fala para rebater, por exemplo, declarações de Lula sobre a compra superfaturada de vacinas pelo Ministério da Saúde do atual governo, apontada pela CPI da Covid no Senado, e sobre as investigações de “rachadinha” em gabinetes de seus familiares. Bolsonaro foi chamado de “cara de pau” e foi acusado de “mentir com desfaçatez”.

Em seu primeiro direito de resposta, Lula defendeu que Bolsonaro tivesse “o mínimo de honestidade e o mínimo de seriedade” na discussão e rebateu uma fala do candidato do PL, durante um questionamento feito por Padre Kelmon (PTB). Bolsonaro havia recorrido a denúncias de corrupção para atacar Lula, a quem chamou de “chefe da roubalheira”.

Lula buscou devolver a pecha da corrupção, acusando o atual presidente de montar uma “quadrilha da rachadinha”, referindo-se ao esquema de desvio de recursos em gabinetes parlamentares do próprio Bolsonaro e de seus filhos.

— Num debate entre pessoas que querem ser presidente, que o atual presidente tivesse o mínimo de honestidade e seriedade. Ele falar que eu montei uma quadrilha, com a quadrilha da rachadinha da família dele, que decretou sigilo de 100 anos? Com a quadrilha do ouro no Ministério da Educação? Com o que foi oferecido de um dólar por cada vacina importada? Se quer pedir direito de resposta, peça à CPI (da Pandemia). Quando vier ao microfone, você se comporte como um presidente e respeite quem está assistindo. Não minta — afirmou Lula.

Padre Kelson, Kelman ou Kelmon? Presença de candidato do PTB é criticada na web e erro de nome vira meme nas redes
Já Bolsonaro elevou, em sua primeira fala concedida, o tom dos ataques e chamou Lula de “ex-presidiário” e “mentiroso”, lembrando sua prisão na Operação Lava-Jato — as sentenças contra o petista foram posteriormente anuladas.

— Mentiroso. Ex-presidiário. Traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinhas são seus filhos, roubando milhões de empresas após sua chegada ao poder. Que CPI é essa, da farsa, que você veio defender aqui? Propina teve o senhor Carlos Gabas (secretário-executivo) do Consórcio Nordeste, dos governadores amigos seus. Seu governo fez muitos nordestinos morrerem com falta de ar, porque foi desviado dinheiro de respiradores. Deixe de mentir, tome vergonha na cara, Lula — respondeu.

Compra de vacinas

Chamado de “cara de pau”, Bolsonaro teve novo direito de resposta em seguida. Dessa vez, ele rebateu declarações de Lula de que demorou a comprar vacinas e sobre sigilos de 100 anos para acesso a informações adotados em seu governo.

— Me dá o número do decreto (de sigilo de 100 anos). Fala que atrasei compra de vacina. Nenhum país do mundo comprou vacina em 2020. Eu dei R$ 600 de Auxílio Brasil, você dava pouca coisa para os mais pobres, usava os mais pobres como massa de manobra — atacou.

Ao longo do mandato de Bolsonaro, uma série de sigilos de 100 anos foi imposta para impedir o acesso a informações consideradas sensíveis pelo governo. As visitas ao Planalto se tornaram secretas nos casos que incluem os filhos do presidente e os convidados da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O governo alega que há informações pessoais nos documentos.

Em seu último direito de resposta, Lula afirmou se sentir mal, já que os pedidos para rebater ataques pessoais, segundo ele, atrapalham o debate.

— Confesso ao povo que está nos assistindo que eu me sinto mal. Uma espécie que está atrapalhando o debate, quando podíamos estar discutindo o futuro desse país.

Em seguida, ele falou sobre corrupção:

— Graças ao que fizemos para combater a corrupção, a corrupção foi descoberta e as pessoas foram punidas. Você podia prender os presos e liberar as empresas para funcionar.

Em outro momento do debate, Lula rebateu acusações de Bolsonaro de que teria envolvimento na morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, em 2002, também em um direito de resposta. A tese conspiracionista, de que a morte do político teria motivações políticas não explicadas e ligadas ao PT, é comum em setores radicais da direita. A polícia concluiu que Celso Daniel foi vítima de um crime comum, desfecho que levou à prisão de seis homens, posteriormente condenados em júri popular. No debate, Lula pediu que o atual presidente “seja responsável” com o que fala na televisão e elogiou a relação que tinha com o ex-prefeito.

— Não é possível conviver com alguém com a cara de pau do presidente. O Celso Daniel era meu amigo, ele foi chamado da prefeitura para coordenar o meu programa de governo de 2002. Agora, você culpar o Lula da morte do Celso Daniel? Seja responsável, você tem uma filha de dez anos vendo o programa que está gravando.

A morte de Celso Daniel havia sido citada antes por Bolsonaro em pergunta à candidata Simone Tebet (MDB). A candidata se recusa a abordar o assunto.

— Lamento muito. Estamos a dois, três dias da eleição, e o que vemos aqui não é a apresentação de propostas, mas ataques mútuos para ver quem roubou mais, quem é mais incompetente e mais insensível.

Compra de vacinas
Chamado de “cara de pau”, Bolsonaro teve novo direito de resposta em seguida. Dessa vez, ele rebateu declarações de Lula de que demorou a comprar vacinas e sobre sigilos de 100 anos para acesso a informações adotados em seu governo.

— Me dá o número do decreto (de sigilo de 100 anos). Fala que atrasei compra de vacina. Nenhum país do mundo comprou vacina em 2020. Eu dei R$ 600 de Auxílio Brasil, você dava pouca coisa para os mais pobres, usava os mais pobres como massa de manobra. R$ 6 bilhões que os delatores devolveram foi de roubalheira no seu governo. Tu foi condenado em três instancias por unanimidade, e o processo deixou de existir porque tinha um amiguinho no STF que decidiu que você tinha que ser julgado em Brasilia e não em Curitiba — atacou.

Ao longo do mandato de Bolsonaro, uma série de sigilos de 100 anos foi imposta para impedir o acesso a informações consideradas sensíveis pelo governo. As visitas ao Planalto se tornaram secretas nos casos que incluem os filhos do presidente e os convidados da primeira-dama Michelle Bolsonaro. O governo alega que há informações pessoais nos documentos.

Em seu último direito de resposta, Lula se disse “incomodado de pedir toda hora direito de resposta”.

— Confesso ao povo que está nos assistindo que eu me sinto mal. Uma espécie que está atrapalhando o debate quando podíamos estar discutindo futuro desse país — disse, acrescentando: — Graças ao que fizemos para combater a corrupção, a corrupção foi descoberta e as pessoas foram punidas.

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