Assista: Ex-funcionários da Veleiro protestaram na AV Fernandes Lima em Maceió
O protesto terminou com tiro porrada e bomba
Nesta sexta-feira (25), na AV fernandes limas, parecia uma batalha campal. Os ex-funcionários da empresa de ônibus Veleiro fecharam parte da Av. Fernandes Lima, em Maceió. Por uma reivindicação justa e de direito dos demitidos há 7 meses, eles cobraram os pagamentos de salários atrasados, férias, o recolhimento do FGTS e outros direitos trabalhistas.
O protesto começou às 7h e terminou às 9h30, depois da ação policial com tiro de bala de borracha e muita confusão, bombas de efeito moral e pessoas feridas.
Com o trânsito bastante congestionado e os ônibus impedidos de passar pela avenida nos dois sentidos, os passageiros tinham que descer dos coletivos e continuar o trajeto a pé.
Nota da empresa Veleiro para à imprensa.
Leia abaixo a íntegra da nota da Veleiro:
A empresa Veleiro vem através desta nota informar o seu repúdio as atitudes tomadas nessa manifestação realizada hoje.
Como dito anteriormente, as manifestações vêm sendo realizadas por pessoas que já foram demitidas e por outras pessoas que nunca fizeram parte da empresa Veleiro e são ligadas ao Sindicato dos Rodoviários.
Chama atenção que vários manifestantes usam a farda da Veleiro para querer demonstrar que são empregados da Veleiro, mas não são.
Outro fato que merece destaque é que já existem ações judiciais discutindo os direitos pleiteados pelos funcionários demitidos, com ações propostas pelo Sindicato dos Rodoviários, Ministério Público e dos próprios ex-funcionários, mas o local de discussão de litígio é na justiça.
A conduta desses manifestantes ultrapassa o direito constitucional de manifestação e viola o direitos dos outros.
Ocorre que os fatos praticados pelos manifestantes podem, em tese, ser configurados como crime de coação no curso do processo, de atentado contra o funcionamento do Transporte Público, de dano contra o patrimônio público e privado.
A manifestação ocorrida hoje foi uma surpresa para todos, uma vez que ontem foi realizada uma audiência na Justiça do Trabalho, na qual a empresa informou que já entregou uma proposta ao MPT para por fim aos litígios, inclusive com a presença do Sindicato dos Rodoviários.
No entanto, todos foram pegos de surpresa com os fatos de hoje.
Necessário reforçar que a empresa Veleiro também é interessada que não ocorram litígios e eventos como os ocorridos hoje.
O cenário econômico do Brasil é crítico em virtude da pandemia provocada pelo COVID-19 que atingiu vários segmentos econômicos, inclusive o segmento da Veleiro, o qual já vem sofrendo desequilíbrio econômico-financeiro há algum tempo.
Se todos os problemas tiverem que ser resolvidos desta forma, a sociedade viverá em anarquia.
Atualmente, 400 famílias dependem da Veleiro e não há salário e/ou tíquete alimentação atrasados, apesar de todo o cenário de crise econômica e grave desequilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
No mais, a Empresa Veleiro se resguardará e aguardará o andamento judicial.
De acordo com os manifestantes, o Grupo de Gerenciamento de Crises da PM falou com um representante da empresa, que informou que não tinha nada a fazer a respeito da cobrança dos ex-funcionários. Diante disso, os policiais pediram o desbloqueio da avenida, mas os rodoviários se recusaram.
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Por Redação